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- BAILARINAS DO MAR: 5 anos celebrando a força e a beleza do surf feminino
Foto @diasdenevasca Em 7 de dezembro, a Praia da Macumba, no Rio de Janeiro, se transformou em um verdadeiro paraíso para as amantes do surf. O Bailarinas do Mar, movimento idealizado por Jasmim Avelino, completou 5 anos e reuniu centenas de mulheres para celebrar a paixão pelas pranchas grandes. Nascido em 2019, o Bailarinas do Mar rapidamente se consolidou como um dos principais eventos de surf feminino do Brasil. Ao longo dos anos, o movimento inspirou mulheres de todas as idades e habilidades a se conectarem com o mar e com elas mesmas. Fotos @diasdenevasca UM ESPAÇO SEGURO E ACOLHEDOR O festival oferece um ambiente acolhedor e livre de julgamentos, perfeito para quem está começando no longboard ou para aquelas que buscam aprimorar suas habilidades. Além das aulas e workshops, o evento conta com diversas atividades recreativas, oficinas de arte, roda de conversas proporcionando uma experiência completa e transformadora. Fotos @diasdenevasca EMPODERAMENTO E CONEXÃO O Bailarinas do Mar é muito mais do que um festival de surf. É um movimento que busca empoderar mulheres, celebrar a diversidade e promover a conexão entre as pessoas. Ao participar do evento, as mulheres têm a oportunidade de conhecer pessoas incríveis, trocar experiências e criar laços duradouros. Fotos @tatiereazeredo UM FUTURO PROMISSOR Com 5 anos de história, o Bailarinas do Mar já conquistou um lugar especial no coração de milhares de mulheres. E o futuro é ainda mais promissor. A cada ano, o evento cresce e se consolida como uma das principais referências do surf feminino no Brasil com patrocínio de grandes marcas como Vans e Cerveja Praya e nós da FENZ BRAZIL apoiamos o evento com muito amor e gratidão. Fotos @diasdenevasca Não perca a próxima edição! Se você é apaixonada pelo mar e busca um evento que valorize a força e a beleza das mulheres, não perca a próxima edição do Bailarinas do Mar. Acompanhe pelas redes sociais @bailarinasdomar "Em cada movimento, em cada respirar, viva a sua natureza, leve e livre como as bailarinas do mar.'' Foto @diasdenevasca #FENZBRAZIL #BailarinasdoMar #SurfFeminino #EmpoderamentoFeminino
- ARTE COM PROPÓSITO. SER A VOZ DAS AMEAÇAS DA VIDA MARINHA POR SARA REZENDE
O papel de um artista é tornar a revolução irresistível. (Re)conectando nós a essência do oceano. A arte possibilita a sustentabilidade – como fonte de força, de valores e coesão social. SARA REZENDE Artista Brasileira nascida em 1994, formou-se em Arquitetura e Urbanismo na PUC Campinas em 2016 e deu vida à carreira artística em 2017, aos 23 anos, quando começou a produzir pequenas peças em aquarela e carvão. Estudado e aperfeiçoado, seu trabalho passou a ser então apresentado na forma de pinturas em tela, linearts e grafite em murais. Sua comunicação explora o tema humano como principal rumo, e atualmente deixa que interferências externas evidenciem elementos que desconstroem seus retratos antes dados como realistas. Tema que posteriormente viria a ser sua principal linha de pesquisa, uma ambivalência entre o real e o imaginário, sob um olhar cronológico em espaços de memória e expressões na sua criação artística. ARTE - OCEANO A arte simboliza nossa relação e conexão com o oceano. O impacto humano no ambiente oceânico é uma batalha constante até que mudemos nossas ações e comecemos a curar e restaurar em vez de destruir e ignorar. Valor da tela R$900,00 e está disponível na nossa loja online. 100% do valor da venda será revertido para as instituições VIVA Instituto Verde Azul Conheça mais: @sararezende.art Apoie essa causa! #FenzBrazil #SaveOurOcean
- O COMPARTILHAR: COMO UM MOVIMENTO PODE MUDAR A NARRATIVA CLIMÁTICA
Sobre o poder da narrativa, a co-criação e o papel da mulher em sonhar com um mundo melhor. Sobre trazer de volta aquela sensação de admiração, imaginação, sonho, possibilidade, realismo mágico e, finalmente, união entre sistemas sociais e naturais. Para compartilhar suas experiências, Larissa Colombo traça soluções que defendem o amor e mostra ao mundo o que é possível quando imaginamos um futuro melhor juntos. Seus conhecimentos em assuntos como energética dos alimentos, agrofloresta, agroecologia, permacultura, PANC (plantas alimentícias não convencionais), resíduos sólidos, compostagem, pensamento sistêmico, novas economias, culturas regenerativas, capitalismo consciente, proporcionam um aprofundamento na sua consciência social, cultural e ambiental. Qual é a sua missão pessoal como comunicadora, educadora ecológica e ativista? Minha missão é inspirar as pessoas a se questionarem, eu tenho muito esse lugar dentro de mim, de questionadora, de curiosa e de me colocar no papel de aprendiz e de perceber que realmente eu não sei de nada, que a natureza é a minha maior professora e fonte de inspiração para me conectar com meu propósito e de me aproximar da onde eu vim e para onde eu vou. Minha missão é despertar nas pessoas esse lugar de se questionar, de criar espaço para observar o tempo natural das coisas, o movimento da natureza, as marés, as estações do ano, observando e tentando aproximar a vida humana. Querer mudar e ter coragem para mudar, somos agentes de transformações e temos o poder em nossas mãos, no nosso espírito, nas nossas células, nos nossos pensamentos. Se conseguimos mudar nosso pensamento, conseguimos mudar nossa energia, tudo é energia, moléculas, as coisas são invisíveis aos nossos olhos, mas que reverbera com a ação, com a indução, conectando com essa sutileza trazemos a transformação. O que é essencial para você? Essencial pra mim é todos os dias comer bem, comer bem significa me aproximar da origem desse alimento, me aproximar de um lugar natural, alimentos sazonais e locais. Essencial é movimentar meu corpo através do esporte e o esporte está muito ligado a água, o surfe, o kite, também a corrida, a caminhada, o ashtanga, yoga e a dança. Essencial ser o que de fato eu falo, saber que a minha potência de fazer, de estar, de presença ela tem que partir da minha autenticidade, é essencial ser autêntica entrar nesse lugar, mesmo que eu me questione diante de todos os padrões que nos são colocados e comparações que nos instigue a todo momento fazer, seja fisicamente ou intelectualmente e deixar a autenticidade fluir e falar por mim. Essencial amar através das minhas ações e do meu sorriso e saber que recebo e dou amor e mais do que isso, que sou o ser que me amo e sou amada através dos meus guias, da natureza para viver. Essencial sempre estar questionando, conhecendo novas pessoas e novos jeitos de fazer, sou curiosa no sentido de olhar e pensar da onde foi feito e o que levou a pessoa a fazer, conhecer pessoas é reconhecer mais sobre mim. Essencial ter o lugar de escuta e tempo de qualidade para escutar, eu dedicar meu tempo a escutar e não apenas focar nas coisas que eu tenho que fazer e ser produtiva. Essencial é dormir bem, cuidar da minha saúde, de diferentes formas, e a principal é eu aceitar quem eu sou, fisicamente falando, para eu não cair em padrões estéticos. Essencial é estar com pessoas curiosas, com intelecto e que tenham narrativas amplas que me fazem questionar e estar em lugares que eu desconheço. E agradecer por estar vivo, é o papel mais representativo do que é essencial. Como uma narrativa pode mudar as comunidades - e o mundo? Toda história a ser compartilhada desse lugar de coração, de veracidade, de autenticidade, desse lugar da pessoa se colocar à serviço de fazer o bem para os outros, para si e para o mundo, que pensa e considera a ação dela para todos os seres, qualquer história pode mudar, incentivar mudanças e inspirar seja uma comunidade ou o mundo. Tem o lugar do autoconhecimento, onde as pessoas de fato querem mudar. As mudanças são feitas coletivamente, porém precisam ser feitas individualmente, se cada indivíduo estiver disposto a mudar, a se colocar no papel, tirar as camadas e enxergar que estamos cheios de influências, de distrações e trazer a consciência, fica muito mais claro a conexão com as pessoas que estão vibrando na mesma sintonia, as mudanças coletivas ficam muito mais potentes e significativas. Sustentabilidade é sustentar uma ação. O que uniu seus questionamentos e conhecimento com o objetivo de encorajar outros seres humanos? As experiências, as vivências, o lugar de me abrir para o novo, escutar novas histórias, me colocar no lugar do outro, de saber que sei muito pouco, que conheço um recorte, um fragmento da vida, de certos assuntos e que todo o tempo aprendemos novas formas de viver e de fazer acontecer. Por que você acha que é importante mudar a narrativa climática das mensagens de desgraça e tristeza e fim do mundo, para passar do medo ao amor? Essa pergunta é muito bonita, de como passar do medo para o amor é muito forte pra mim que é uma premissa que eu escolho aprender através do amor. Eu acho que a gente enquanto sociedade, humanidade e inconsciente coletivo estamos muito condicionado a aprender através da dor, a gente precisa chegar no fio da desgraça, da destruição ou realmente chegar nesse lugar para ter o pulso da mudança, claro que o sentimentos como raiva são propulsores e combustível para a mudança, mas da dor e do medo, mas eu prefiro e me coloco muito em criar pensamentos e ações no amor. Eu já tive experiências de mudanças através da dor, mas eu escolho mudar através do amor, a minha relação com o mar é muito isso, sempre tive muito medo da onda, encarei muitos medos e isso me ensinou muitas coisas sobre meu posicionamento na vida, no mar, na onda, porque estou falando sobre isso porque realmente quando a gente se dispõe aprender pelo amor a gente tem a capacidade de amar a natureza e de nos sentirmos parte, parece muito clichê, mas nós somos a natureza. Estava surfando em Fernando de Noronha e de repente tinham quatro tartarugas bem na minha frente, enormes, imensas e eu sou parte, estou dividindo o espaço, muitas vezes não vemos, mas se você parar no centro de SP ou em qualquer lugar e olhar para cima existe muitas espécies de aves e nem procuramos, existe essa grandiosa escola que é a natureza, e se partimos através do amor e se todo dia acordamos dispostos a olhar essa escola viva, você vai ver que toda essa narrativa é necessária, que ela existe, mas também há muita desgraça, tristeza e destruição, mas podemos aprender e aplicar em nossas vidas. O que sinto que demoramos muito tempo para descobrir que estamos causando tantos danos, não acredito que começamos agir sabendo que estamos criando um impacto tão grande e tão negativo, eu prefiro acreditar que não sabíamos, mas a partir do momento que descobrimos é muito difícil mudar os padrões e os meios, das formas que criamos os meios de viver, de como criamos a sociedade, como vivemos em uma cidade, as falsas necessidades que temos e de como obtemos as coisas. O homem tem que passar por esse processo de autoconhecimento, de estar disposto a desapegar de coisas, não deixar de viver, mas desgarrar das falsas necessidades e todos se colocarem no papel de agentes de transformações, seja para fazer um sapato ou vender uma comida e saber que o que você serve e o que você faz pode ter uma narrativa de esperança e fazer o bem para o todo. Qual seu animal marinho favorito? Meu animal favorito com certeza é o golfinho, já tive muitos momentos emocionantes, já avistei pulando a um palmo de distância, já nadei com eles, de um encontro e um sentir de grande amor. É um animal que tenho muita conexão. Conheça mais: @larissa.colombo #SaveOurOcean #FenzBrazil
- PROTETOR SOLAR: UMA AMEAÇA QUÍMICA AOS RECIFES DE CORAL E À SAÚDE HUMANA
Conselho de férias: use protetor solar. Apenas certifique-se de que seu filtro solar não esteja matando recifes de coral. Os recifes de coral cobrem menos de um por cento do fundo do oceano, mas abrigam aproximadamente um quarto de todas as espécies marinhas. Eles são cruciais para manter a saúde, a estabilidade e a biodiversidade do nosso ecossistema vital. Hoje, porém, eles enfrentam crescentes pressões da atividade humana. Metade dos recifes de coral do mundo estão mortos. As maravilhas naturais, outrora coloridas e cheias de vida, estão branqueando a taxas devastadoras e sem precedentes. O aquecimento global, a poluição plástica e a poluição química são os principais fatores responsáveis pela destruição, mas outro culpado é o filtro solar. Um estudo de 2015 descobriu que é preciso apenas uma pequena quantidade de filtro solar contendo oxibenzona - o equivalente a uma gota de água em piscinas olímpicas de seis anos e meio - para causar sérios danos a um recife de coral. Antes de afundar em um poço escuro de desespero, considere a realidade no centro deste problema terrível: aqui está uma mega ameaça que podemos ver e abordar imediatamente com escolhas mais inteligentes e informadas. O poder está em nossas mãos. Use-o bem com as três etapas a seguir. Etapa 1: ler etiquetas A maioria dos filtros solares contém ingredientes não biodegradáveis e produtos químicos nocivos. Alguns dos piores são oxibenzona, octinoxato e triclosan. Esses produtos químicos são lavados ao nadar na água do mar ou ao tomar banho e viajam através dos sistemas de esgoto para o oceano. Etapa 2: Pense em sua própria saúde Se um produto químico causa branqueamento, deformidades e danos no DNA de corais jovens, o que está fazendo conosco? Tão perturbador quanto o pensamento de corais mortos são os riscos que os ingredientes comuns de filtro solar podem representar para a saúde humana. A oxibenzona, por exemplo, é um desregulador endócrino conhecido. Estudos o vincularam a questões reprodutivas, incluindo endometriose, puberdade precoce, baixa contagem de espermatozóides, infertilidade e aumento de cânceres relacionados a hormônios. Muitas das loções que banhamos em nossa epiderme porosa e absorvente para impedir a exposição a UVA / UBV e cânceres de pele relacionados contêm ingredientes que podem causar outras formas de câncer em nós de qualquer maneira. Além disso, eles estão matando nosso sistema de suporte à vida. Caramba. Considere isso. Repita a Etapa 1. E depois passe para… Etapa 3: explorar alternativas Agora que você tirou um momento para pensar no absurdo desse dilema, é hora de encontrar, exigir e talvez até inventar alternativas. Aqui estão algumas coisas que você pode fazer para evitar filtros solares que matam recifes: Use um chapéu ou viseira e cubra a pele com roupas de proteção solar. Use um guarda-chuva e limite a exposição ao sol na praia. Procure filtros solares com ingredientes minerais que usem métodos diferentes para bloquear os raios UV. As opções de óxido de zinco e dióxido de titânio o manterão coberto. TROUXEMOS A DICA DE UMA MARCA QUE ACREDITAMOS E APOIAMOS Desenvolvido especialmente para quem ama aproveitar o sol ao máximo Descrição: Filtro solar físico de alta performance (FPS 50+), em bastão livre de plástico, vegan, reef safe e livre de químicos UV. Feito a base de Óxido de Zinco, que forma uma barreira protetora visível na pele (não fica transparente) e indicado para as áreas do rosto, nuca, pescoço e ombros. Incomparável resistência à água e ao suor, toque seco e não escorre nos olhos durante a prática do seu esporte favorito. Dermatologicamente testado e certificado pela ANVISA Composição: Óxido de Zinco, dióxido de Titânio (não nano), Manteiga de Karité, óleo de coco, óleo de semente de uva, blend de manga e papaya, óxido de ferro. https://www.chameleonsun.com.br/ Etapa 4: obter o vocal Fale sobre as suas opções de filtro solar amigáveis aos recifes. Se você estiver viajando e perceber que seu hotel está vendendo protetores solares que prejudicam os recifes, envie uma nota à gerência e solicite alternativas. Você nunca sabe de quem pode mudar de ideia. Pequenas ações podem ter um grande impacto. Além de espalhar a notícia para amigos, familiares e seguidores, você pode usar sua voz para exigir mudanças nas políticas. Mas não espere que essas políticas sejam aplicadas para fazer as alterações você mesmo. Essa é @louizepaz e imagem por @mel.kepen . SEJA A MUDANÇA . #SaveOurOcean #SaveReefCoral #FenzBrazil
- REDESIGN : SUA PERSPECTIVA, SUA VIDA, SEU MUNDO por THAIS GONÇALVES
Um momento ou uma série de eventos que mudaram sua perspectiva e, por fim, mudou sua vida. Às vezes, é uma bomba mental de informação que sacode e puxa a consciência. Ou talvez seja uma experiência de mudança de vida que altera a maneira como você percebe o mundo ao seu redor e o papel que você desempenha nele - algo que o torna pessoal e o move a agir. 'Redesign' é o seu convite para questionar e ver o mundo de uma forma nova. Compartilhe conosco um momento, memória ou pensamento que mudou a maneira como você vê as coisas. Quando comecei a surfar e a estar todos os dias ao amanhecer em contato com o Oceano, percebi que precisamos de muito pouco pra ser felizes, mas precisamos estar em harmonia com a natureza. À medida que eu passei a observar o reflexo de nosso consumo no mar, todos os dias vendo embalagens, plásticos e entendendo que a maior parte de tudo o que utilizamos inclusive para o surf vem do petróleo, mesmo material tóxico que é a matéria prima para a produção do plástico, percebi que a conta não fechava e já não fazia mais sentido continuar trabalhando como designer criando produtos para o mercado da moda que visava apenas o consumo cada vez maior, sem estar preocupado com as consequências desse consumo para o ambiente e todos nós. Nesse momento resolvi ser parte da solução e começar a pensar em novas formas de criar que pudessem ser menos impactantes para o ambiente. Fundei uma marca de surf com o principal objetivo de difundir a vida simples e em equilíbrio com a natureza, fabricava em pequena escalas, peças que reaproveitavam cortes de tecido e produtos como pranchinhas de bodysurf feitas a partir de pranchas de surf velhas descartadas. Parte do lucro da venda desses produtos retornava para ações na comunidade, assim passei a realizar ações como limpezas de praia. Isso foi só o começo de uma jornada que me levaria a parar tudo que vinha fazendo para pesquisar a fundo o que está acontecendo com o Oceano e possíveis soluções e inovações para os problemas. O resultado foi uma mudança de carreira, passando de designer para o trabalho de levar cada vez mais longe a conscientização para a importância de um consumo mais consciente principalmente através da comunicação e educação. O que 'redesenhar' significa no mundo real, para designers e não designers? Como você pode participar? Como designer aprendi que tudo o que fazemos e consumimos envolve um “design”, uma forma de projetar e pensar. Podemos perceber hoje, que a forma de pensar e projetar que se desenvolveu na maioria das sociedades de consumo, é uma forma falha, baseada na economia linear, que gera exploração e destruição em vários níveis e muitas vezes causando danos irreversíveis ao esgotar fontes naturais de energia, poluir e devolver ao ambiente resíduos, muitas vezes tóxicos, sem se responsabilizar por eles. O Redesign ou redesenhar é antes de mais nada questionar essa forma e repensar não só a forma como produzimos, como também a forma que consumimos, criando novos formatos e novos hábitos, que antes de mais nada, prezam pela vida. O consumidor ao questionar o que contém nos produtos e em sua cadeia, pode passar a descobrir essas possibilidades, fazer pequenas escolhas diferentes, como buscar eliminar o petróleo e o plástico de sua rotina e à medida do possível substituir seus hábitos. Desde o hábito de ter sempre sua garrafinha de água com você, sua sacola de mercado, fazer compras a granel e a medida do possível fazer escolhas de produtos que estimulam uma nova forma de economia mais circular, investindo em produtos locais, livres de embalagens e químicos tóxicos, com por exemplo os produtos de higiene e limpeza naturais. A criatividade pode ser incentivada? Sempre. Somos seres criativos por natureza. O questionamento é sempre o primeiro passo para criarmos novas soluções e novos hábitos e isso envolve desde pequenas a grandes coisas. Aprendemos a fazer as coisas de um jeito mas não significa que esse jeito é o melhor. A medida que percebemos falhas e problemas ligados aos nossos velhos hábitos, devemos questionar, e com os recursos disponíveis criar novas maneiras de fazer as coisas. Muitas vezes ao buscar por soluções podemos nos surpreender com quantas alternativas iremos encontrar para aquele “problema”: seja encontrando pessoas que já estão pensando sobre isso e apoiando ou juntando-se a elas ou seja iniciando um movimento próprio. A partir desse pensamento temos hoje já diversas soluções sendo desenvolvidas em prol de nossos Oceanos,como por exemplo espumas que substituem o isopor, feitas de cogumelo, plástico feito de mandioca que se torna compostável, skates e óculos feitos com rede de pesca fantasma resgatados no mar e assim por diante. Existem passos simples que todos podemos tomar para evitar e limpar a poluição do plástico? Sim, todos podemos em nível individual e coletivo tomar pequenas atitudes que farão grande diferença. Utilizamos na Parley a estratégia AIR, que significa Evitar, Interceptar e Redesenhar (sigla em inglês: Avoid, Intercep e Redesign). Nessa ordem pensamos em atitudes para evitar o plástico, o petróleo e todo tipo de materiais tóxicos: dizer não principalmente para os descartáveis começando pelo simples: substituir a sacola do mercado por caixas de papelão ou ter sempre sua própria mochila ou sacola para compras, recusar copos e garrafas de água descartáveis, tendo sempre em mãos sua própria garrafa e assim por diante. O interceptar pode ser participar de ações ambientais e mutirões de limpeza ou cada vez que ver algum resíduo na praia, no ambiente ao ar livre, recolher aquilo que puder e destinar corretamente também seus próprios resíduos (separando o orgânico, reciclável e rejeito). O redesenhar é a parte mais importante da estratégia porque ela nos faz questionar e repensar velhos hábitos, escolhendo novas formas de agir e de consumir. Exemplo: utilizar sabão de coco no lugar de detergentes industrializados, optar por produtos livres de químicos e agrotóxicos, repensar a alimentação buscando consumir menos industrializados e questionar as marcas e produtos sobre a origem dos materiais que utilizam. O que o fez decidir unir forças com o Parley? Conheci o trabalho da Parley em 2018 quando estava pesquisando inovações e organizações que atuavam em soluções para os problemas nos Oceanos e desde então me encantei pela profundidade e seriedade do trabalho. Naquela época eu empreendia uma startup e vinha trabalhando de forma autônoma com uma série de eventos e ações educativas no país. Recebi o convite para realizar junto com a Parley uma série de ações no Brasil no início de 2019 e desde então, me tornei coordenadora da Parley no Brasil, passando a integrar esse time de pessoas engajadas na proteção dos Oceanos e da vida. Qual é o papel da educação e da imersão no oceano no programa Parley? A educação e conscientização é parte fundamental no processo de transformação. Nas ações da Parley buscamos ampliar a conscientização para a importância, a beleza dos Oceanos: o ecossistema marinho é o mais diverso do planeta, é o responsável pela produção da maior parte do ar que respiramos, além dos Oceanos serem os maiores reguladores da temperatura do ambiente - viabilizando nossa vida no planeta - mas, também para os grandes problemas que ele vem enfrentando com as mudanças climáticas, a sobrepesca e a poluição por plásticos. Essa conexão que existe entre os Oceanos e a vida humana na Terra, independente de estarmos perto ou não do mar e a conexão que existe entre nossas atitudes e nosso consumo com a destruição que os Oceanos vem enfrentando, desperta o desejo de mudança, empoderando as pessoas a se sentirem parte das soluções e a serem um elemento importante de multiplicação dessa transformação em seus meios. O contato com os Oceanos, rios, lagos, também é muito importante para nos lembrar dessa importância e beleza e despertar o amor que irá nos inspirar ainda mais a agir. “Nós só podemos proteger aquilo que conhecemos e aquilo que amamos. “ Qual é a sua missão oceânica pessoal e / ou visão de esperança para o futuro? Eu me sinto ligada ao Oceano desde a primeira vez que o vi, quando tinha só 5 anos. Como surfista e amante desse infinito azul, me sinto feliz em poder trabalhar para levar mais consciência sobre a sua importância e sobre os problemas que vem devastando esse ecossistema que é nossa maior fonte de vida. Sinto que parte de meu trabalho é levar esse amor pelos Oceanos mais longe, para assim despertar mais e mais pessoas que irão também se tornar parte dessa transformação que é antes de tudo, nos lembrar que somos apenas uma pequena parte desse planeta: nossos corpos que também são 70% feitos de água são também esse Oceano e dependem dele para que possamos continuar existindo aqui. Minha visão é que com o despertar de mais e mais pessoas para lembrança de que somos natureza e dependemos da saúde de nosso planeta, possamos voltar a nossa criatividade para o bem sistêmico e trazer cada dia mais soluções e uma nova forma de viver, em harmonia com o todo, com a natureza, com os outros seres vivos, com a vida. Qual é a sua criatura marinha favorita? É difícil dizer porque são muitas as criaturas marinhas encantadoras, mas eu amo pensar na generosidade e inteligência dos cetáceos, em especial das Baleias, esses mamíferos gigantes ,tão sensíveis, amorosos e ancestrais que emitem o seu canto pelos oceanos, equilibrando suas frequências, muitas vezes usadas como tratamento alternativo para cura de enfermidade. E elas ainda contribuem para a remoção do dióxido de carbono da atmosfera. CONHEÇA MAIS: @thaisstevin #SaveOurOceans #FenzBrazil
- PARLEY PELOS OS OCEANOS - FAÇA SUA DOAÇÃO E COLABORE COM A PROTEÇÃO DOS ECOSSISTEMAS MARINHO
"A Parley for the Oceans trata das principais ameaças aos nossos oceanos, o ecossistema mais importante do nosso planeta. Acreditamos que o poder de mudança está nas mãos do consumidor - dado que todos temos escolha - e o poder de moldar essa nova mentalidade do consumidor está nas mãos das indústrias criativas. Artistas, músicos, atores, cineastas, designers de moda, jornalistas, arquitetos, inventores de produtos e cientistas têm as ferramentas para moldar a realidade em que vivemos e desenvolver modelos de negócios alternativos e produtos ecologicamente sensíveis para dar aos terráqueos uma escolha alternativa, um cotidiano opção de mudar algo. Para ter sucesso, precisamos encontrar maneiras de sincronizar o sistema econômico da humanidade com o ecossistema da natureza. E tornar a proteção ambiental fiscalmente lucrativa para grandes empresas. A Parley foi criada para acelerar um processo de mudança que já está em andamento. Nenhum outro grande movimento na história da humanidade se desenvolveu mais rápido do que a causa ambiental. Queremos ter certeza de que somos rápidos o suficiente para cumprir o prazo final e virar o navio antes de perder um tesouro que apenas começamos a explorar e ainda não entendemos completamente: o fantástico universo azul abaixo de nós - Os Oceanos. " - Parley.Tv FATOS DOS OCEANOS: por quê os oceanos são importantes Foi nele que surgiram as primeiras formas de vida na Terra há mais de 4 bilhões de anos - Nossos neurônios derivam das celular nervosas das águas vivas. Os Oceanos são fonte de alimento, renda para bilhões de pessoas ao redor do mundo São importantes reguladores da temperatura do planeta, absorvendo boa parte do calor gerado e cerca de 90% de todas as emissões de CO2 É o ecossistema mais diverso que existe A maior parte da vida do planeta terra vive nos oceanos, 95% mais precisamente E se tudo isso não bastasse, se você está respirando hoje, é por causa dos Oceanos. A cada 2 respirações pelo menos 1 vem dos oceanos Os oceanos cobrem 70% da superfície do planeta A cadeia montanhosa mais longa do mundo está debaixo d'água, no mar! Problemas que os Oceanos estão enfrentando A cada minuto, o equivalente a um caminhão cheio de plástico entra nos oceanos Por ano, são 10 milhões de toneladas de plástico despejados em nossos oceanos! Mais da metade das tartarugas marinhas já confundiram plástico com comida 90% das aves marinhas tem plástico em seus estômagos Estima-se que 50% dos recifes de coral já desapareceram dos oceanos devido ao aumento da temperatura das águas. Tem mais partículas de plástico nos oceanos do que estrelas na galáxia Se não mudarmos a forma como consumimos, em 2050 vai ter mais plástico do que peixes nos oceanos Apenas 1% do lixo plástico no oceano flutua, 5% ficam nas encostas, 94% do lixo plástico afunda 75% das reservas de peixes sofrem com a sobrepesca Já existem mais de MIL parte de plástico por plâncton, sendo que 6 já é considerado poluição A lavagem de roupa sintética e uso de produtos químicos de higiene e limpeza contribuem com grande parte dos micro plásticos que chegam nos oceanos. Soluções e Formas Simples de ajudar os Oceanos Estratégia AIR - Avoid - Evitar , Intercept - Interceptar , Redesign - Redesenhar Andar com sua própria garrafinha e pedir para encher nos lugares onde for Comprar no granel usando seus próprios potes, saquinhos de pano, etc Usar shampoo, condicionador e sabonete sólidos - em barra Fazer sua própria limpeza quando for à praia, rios, lagos. Compostar seus resíduos orgânicos Votar de forma consciente Pedir menos delivery, cozinhar mais em casa Comprar mais comida de verdade e menos alimentos processados / Ou evitar industrializados e consumir mais alimentos de produtores locais Substituir a esponja de cozinha por bucha vegetal Fazer seus próprios cosméticos e produtos de limpeza Questionar e se informar: se unir a movimentos e organizações em defesa dos oceanos APOIE O MOVIMENTO DE ARRECADAÇÃO PELOS OS OCEANOS . JUNTA-SE A EQUIPE PARLEY BRASIL E TRANSFORME A SUA AÇÃO EM IMPACTO POSITIVO SEM SAIR DE CASA Todas as doações ajudarão a financiar os projetos da equipe Parley Brasil que está se mobilizando a proteger os Oceanos. 100% de cada doação irá apoiar diretamente o trabalho ao longo de 2021. Para quem participar, se inscrever no time Parley Brasil e fizer a sua doação até o dia 28/Julho irá concorrer a um produto da @fenzbrazil e um mês de aula de Yoga Online com a Professora @louizepaz . O sorteio será realizado no dia 29/Julho. Basta entrar no link e doar qualquer valor: https://fundraise.parley.tv/brasil ⠀⠀⠀ Juntos podemos fazer a transformação, pelos Oceanos! CONHEÇA MAIS: @ju_nas.mares @thaisstevin @parley.tv #FenzBrazil #SaveOurOceans
- BACK TO NATURE: RECONEXÃO COM A NATUREZA POR AMANDA FERNANDES
Os próximos 10 anos moldarão os próximos 10.000 anos. O que fazemos ou deixamos de fazer fará a diferença Amanda sempre foi encantada pelo mar e pelos animais marinhos, apesar de nascer e viver até sua adolescência em São Paulo, Capital. Aos 17 anos seguiu o chamado das águas salgadas, e foi cursar Biologia Marinha em Santos, onde morou até os 22 anos e desenvolveu trabalho voluntário com resgate e reabilitação de animais marinhos. Após sua formação, trabalhou como educadora ambiental em Fernando de Noronha, no Projeto Golfinho Rotador, onde viveu uma linda experiência de conexão com a natureza e com a comunidade local, aprofundando ainda mais seu amor e dedicação a esse mundo azul. Continuou a vida acadêmica através do mestrado e doutorado em Ecologia e Conservação da Biodiversidade, na Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus-BA, ambos desenvolvidos através de pesquisas com tartarugas marinhas. Hoje, aos 30 anos, vive em Ilhabela onde trabalha com monitoramento de praias e resgate de animais marinhos e desenvolve pesquisas na área da conservação marinha. Durante suas vivências, pesquisas e rotina com contato direto junto ao maravilhoso mundo marinho, aprofundou seus estudos na área da Ecologia Profunda e Teoria dos Sistemas vivos (onde nos reconhecemos como parte desse grande e amoroso organismo vivo chamado Gaia) sendo também co-fundadora e facilitadora de cursos na Ology.eco. Sua missão de vida é continuar colaborando com a saúde e regeneração dos ecossistemas marinhos e facilitar a reconexão das pessoas com sua essência mais pura através do contato profundo com a natureza. Você é vegana. Uma das maneiras mais eficazes de causar um impacto imediato para melhor é reconsiderar os ingredientes em nossos pratos. O que faz você decidir agir por meio da comida? Entender que comer é um ato político, e que o veganismo é uma maneira de se posicionar e agir diretamente para a transformação de diversos aspectos que geram múltiplas opressões socioambientais. Acredito muito na força de transformação do veganismo quando ele é pautado em um movimento popular e acessível, que fale não só sobre as questões da exploração animal, desmatamento e poluição, mas também, e essencialmente, sobre soberania alimentar, reforma agrária, regeneração da terra e liberdades. Precisamos redesenhar os negócios, reajustar nossas mentes, repensar nossas escolhas. Qual é o seu conselho para as pessoas que estão tentando diminuir sua pegada e reduzir o desperdício diário? Acho que um conselho válido seria praticar a presença e o questionamento nas escolhas, evitando fazê-las no automático. ‘Eu realmente preciso disso?’ ‘Há alguém que possa me emprestar sem que eu precise comprar um novo?’ ‘Será que existe alguma outra opção com menos embalagem?’ ‘Existe alguém que produza o que eu preciso, manual e localmente?’ ‘Quais são os alimentos da época? É possível comprar diretamente com o produtor?’ Reflexões como essas já nos direcionam um pouco pra decisões que terão menos impacto e que podem auxiliar a criarmos conexões que fortaleçam o comércio local, as comunidades e nossa relação com outras espécies. Você trabalha com o monitoramento de praias e resgate de animais marinhos. A poluição por plástico pode ter um grande impacto nas comunidades e ecossistemas. O que mais a chocou no estado da poluição marinha por plástico em Ilhabela? Apesar de, infelizmente, ser uma temática muito comum na nossa rotina, diariamente nos sentimos assustados com o impacto do plástico no ecossistema marinho. As pesquisas têm fornecido dados cada vez mais alarmantes e a porcentagem de animais que apresentam morte por ingestão de plástico ou por outros tipos de interação com resíduos também é muito alta e preocupante. A cada animal que encontramos neste cenário sentimos uma tristeza muito grande, é sempre um choque perceber o nível do impacto negativo que temos causado com nossa cultura de produção e consumo. Quais os projetos colaborativos em Ilhabela que gostaria de compartilhar? Há alguns movimentos e iniciativas muito legais na Ilha, como o Sítio Brasilis, Muda Alimentos, Club Mercado Verde, Sustenta. Vale a pena acompanhar e apoiar, principalmente pra quem é da região. Como surgiu a ideia do projeto OLOGY. ECO? A Ology surgiu a partir de muitas conversas e inquietações com minha parceira de vida de vários anos, Andréia Martucci. A essência da ideia veio da nossa vontade de criar redes e conexões com pessoas que estão engajadas nas lutas pelo nosso planeta e por toda vida que o integra. Criar diálogos, construir (ou desconstruir) ideias, co-criar alternativas sistêmicas à esse sistema capitalista-patriarcal que impera hoje e que causa tantos danos à vida e à saúde como um todo. Criatura marinha favorita? Essa é difícil. Eu trabalho com as tartarugas marinhas há muitos anos, e aprendo muito todo dia com elas sobre infinitas coisas como paciência, resiliência, colaboração, força, persistência. Mas o mais lindo pra mim é poder ver e estudar como a rede da vida se ampara e trabalha com a colaboração de todos os seres pra criar ainda mais vida e saúde dentro dos sistemas. Apesar de admirar muito algumas espécies em particular, como as tartarugas marinhas, o que mais me encanta é a rede da vida formada por todas as espécies com sua complexidade, diversidade e beleza. CONHEÇA MAIS: @mandifernandes #SaveOurOceans #FenzBrazil
- A VIAGEM PELOS OCEANOS POR CLAUDINHA GONÇALVES
Imagine um mundo natural mais saudável, no qual a maior parte da poluição por plástico é coisa do passado. Use o poder de sua escolha, de sua voz e torne esse futuro uma realidade. "Se queremos que nossos filhos vejam os oceanos como ainda somos capazes de vê-los, então temos que fazer algo. Do contrário, não vai existir." Entre lugares incríveis, diferentes ondas e cultura diversas, ela cresceu, amadureceu e moldou parte de sua personalidade. O contato íntimo com outras razões e propósitos de vida, outras crenças e outras visões de mundo, lhe confirmou na prática alguns ensinamentos familiares: a simplicidade e respeito são a fórmula para ampliar as possibilidades e oportunidades pelos caminhos desconhecidos, extrair a pureza, a generosidade e o lado bom de qualquer pessoa. De pé numa prancha de surfe pela primeira vez aos 4 anos, sua jornada pelo mundo e competições começou na adolescência, aos 14 anos. É também jornalista, modelo, apresentadora e um dos maiores destaques do surfe feminino no país. Após muitos anos em busca de resultados, Claudinha encontrou encontrou a plenitude em outra prática, o "freesurf", ingrediente chave no seu estilo de vida e pelas portas que viriam se abrir. Conte- nos um pouco sobre a sua representatividade no surfe feminino, o compartilhar de histórias e sua missão no Projeto CooltureLife. O surfe é a minha vida. Acredito que minha missão aqui está totalmente ligada aos oceanos, a compartilhar minhas experiências através desse imenso portal de energia que é o mar. Acredito muito no surfe como ferramenta de transformação de vidas e eu quero de alguma forma contribuir com amor e alegria na vida das pessoas. Através do meu projeto de surfe feminino o CooltureLife acredito que eu consigo realizar um pouco desse meu desejo, vontade de levar esse sentimento de pertencimento a natureza através dos ensinamentos que o surfe nos traz. Tudo está conectado e fica mais fácil de entender quando você se envolve em alguma causa por amor. E é isso que eu compartilho, amor pelo surfe e pela natureza no geral. O esporte está fundamentalmente conectado com o ambiente natural. Quando você teve a consciência sobre os impactos ambientais e de saúde do plástico de uso único e tóxico em nossos oceanos? O meu maior despertar aconteceu através de uma viagem que eu fiz pra Bali com a Corona e a Parley pelos oceanos. Obviamente que eu naturalmente já estava conectada com essas questões ambientais pela minha vivencia diária na praia, a gente consegue perceber o quanto o nosso impacto na natureza é agressivo. Lembro-me desde criança aos domingos no final do dia o quanto a praia ficava imunda e cheia de lixo. Isso sempre me chamou atenção. Após as chuvas fortes a quantidade de lixo no mar era algo muito perceptível também. Assim fui crescendo sempre observando essas questões, mas de fato não tinha muita noção de como colaborar mais, eu apenas catava lixo na praia. Essa viagem com a Corona e a Parley me deram mais ferramentas, me trouxeram maior responsabilidade sobre os meus atos e me deram sim mais esperança para uma mudança de comportamento da humanidade. Hoje tenho consciência dos impactos que eu causo no mundo e busco tudo que esta ao meu alcance pra diminuir essas pegadas. Hoje tenho uma filha e quero poder ser um bom exemplo pra ela e para o mundo. Quero cada vez mais diminuir meu impacto negativo e hoje consigo agir de acordo com esse ideal. Evito o plástico de uso único, faço a separação do lixo em minha casa, tenho composteira e escolho conscientemente tudo que eu utilizo na minha vida. Hoje sei o que é economia circular e consumo consciente. Você está acha que a poluição por plástico está piorando? O que você está fazendo para combater isso? É muito difícil falar de números, crescimento e estatísticas. O que eu de fato percebo é que as pessoas a minha volta estão tendo uma consciência maior sobre a gravidade desse assunto que antes não se falava tanto. Vejo também que a nova geração já entende a responsabilidade deles como indivíduos no combate contra a poluição plástica. Mas acredito que com a pandemia o consumo de plástico voltou a aumentar consideravelmente com pedidos de comida e supermercado em casa, a grande massa ainda consome plástico em maior escala e quando estamos diante de situações críticas tendemos a não nos preocupar tanto com outras questões tão importantes quanto, mas que no momento de desespero se torna algo secundário, o que é errado, mas acontece. Aqui em casa mesmo, nós aumentamos o consumo por delivery, eu seleciono muito o que entra na minha casa e busco sempre ter consciência e procurar por substitutos do plástico de uso único, mas percebi que estamos gerando mais lixo do que antes. Isso me deixa grilada, mas pelo menos tenho consciência e faço o meu melhor diante de cada situação que a vida me apresenta. Como se envolveu pela primeira vez com o movimento em prol dos oceanos? Me envolvi em movimentos em prol dos oceanos através da minha aproximação com a Corona e a Parley. Sempre que possível me faço presente nos eventos de limpeza de praia e outros encontros com esse tipo de ação e debates. Por que você ama os oceanos? Sinto os oceanos como minha casa, meu lar, meu refugio, meu santuário, meu cantinho de paz e conexão comigo mesma e com a natureza. Eu cresci no mar, na natureza e isso pra mim é muito mais próximo da minha essência do que qualquer outro ambiente. Eu amo, eu zelo e eu cuido. Qual seu animal marinho favorito? Meu animal marinho preferido é o golfinho. CONHEÇA MAIS: @claudinhagoncalves / www.coolturelife.com.br #SaveOurOceans #FenzBrazil
- PROJETO SOMOS DO MAR LANÇA FINANCIAMENTO COLETIVO PARA PUBLICAR LIVRO SOBRE A CONSERVAÇÃO DO OCEANO
O livro infantil é uma adaptação do espetáculo “Mar de Soluções”, que integra as atividades de educação ambiental do projeto; vaquinha encerra no dia 5 de dezembro com recompensas a partir de R$ 49 A conexão com o oceano é intrínseca do ser humano, mesmo quando adormecida. A existência humana é ligada diretamente aos mares, que produzem mais da metade do oxigênio necessário para a vida na Terra. Marina e Robertino convidam você a um mergulho mágico em um Mar de Soluções, o primeiro livro infantil do Projeto Somos do Mar. Adotar atitudes práticas para a conservação do oceano é a temática apresentada neste primeiro livro. A obra é uma transformação literária do espetáculo Mar de Soluções, que ganhou vida no papel com as pinceladas em aquarela da artista, educadora e engenheira ambiental Diulie Tavares. Ao lado do arte-educador ambiental e oceanógrafo Rafael Langella, Diulie integra o Projeto Somos do Mar. “Mar de Soluções: o livro” apresenta a personagem Marina, um organismo mágico do fundo do mar, e Robertino, um mergulhador curioso e apaixonado pelo oceano. A troca de conhecimento entre os dois seres aborda os desafios e as soluções para a problemática do lixo no mar e faz crianças e adultos repensarem sobre responsabilidade ambiental e consumo consciente. É um mergulho para a compreensão da relação humana com o oceano, que detém recursos essenciais para a manutenção da vida terrestre. Parte do ar que respiramos em Terra, por exemplo, é resultado da inteligência de microalgas, que produzem oxigênio embaixo da água. A partir dessa reflexão, qual o papel de cada ser humano para a conservação das praias, dos mares e do oceano? Para Diulie e Rafael, assim como Marina e Robertino, o lixo no mar não tem fronteiras, mas tem solução: a consciência do nosso impacto no ambiente e as alternativas sustentáveis. A ideia de usar a arte como instrumento de transformação social foi o caminho escolhido pelos educadores ambientais para aproximar o público do conhecimento científico. Financiamento coletivo para lançamento do livro Todas as atividades do Projeto Somos do Mar não possuem fins lucrativos. O lançamento do livro depende da participação social através do financiamento coletivo, uma “vaquinha digital” com recompensas para os apoiadores a partir de R$ 49. A cada 10 livros vendidos, um exemplar será doado para escola ou instituição pública, na intenção de promover e cultivar a cultura oceânica para um maior número de pessoas. Para contribuir basta acessar a plataforma Catase, no endereço www.catarse.me/livrosomosdomar. Entre as recompensas estão o livro, jogo da memória temático, cartela de adesivos e camiseta Santacosta. A vaquinha encerra no dia 5 de dezembro deste ano. Somos do Mar Projeto de educação ambiental criado em 2016 por Diulie e Rafael, o Somos do Mar tem o intuito de popularizar o conhecimento científico sobre o oceano de forma lúdica e criativa. Com uma bagagem cheia da experiência na área, os educadores promovem gratuitamente oficinas e vivências que estimulam práticas sustentáveis. Em 2019 partiram em um motorhome na primeira expedição pelo litoral brasileiro. A ideia inicial, pausada temporariamente devido à pandemia global, é facilitar atividades de educação ambiental de forma gratuita, além de colocar em prática metodologias científicas para estudo do lixo nas praias percorridas. CONHEÇA MAIS: @projetosomosdomar / www.somosdomar.com #SaveOurOceans #FenzBrazil
- CONSCIÊNCIA EM AÇÃO: TORNANDO O INVISÍVEL VISTO POR JU NAS MARES
Sua missão: A conscientização sobre os impactos nos oceanos relacionados aos plásticos de uso único e os problemas tanto ambientais como na nossa saúde. " De 50% à 85% do ar que respiramos é produzido nos Oceanos. Se os Oceanos morrerem, nós morremos." Nos conte sobre sua história e seu percurso como Engenheira Ambiental e Velejadora. Antes de mais nada gosto de “me definir” como eterna aprendiz. Acredito que antes de qualquer graduação ou título, é isso que desejo para mim independente de onde estiver na vida. Minha história com o Oceano começou aos 12 anos de idade quando descobri ”por acaso”, na Lagoa Rodrigo de Freitas, uma escola de vela em um projeto da Prefeitura do Rio de Janeiro. De lá pra cá, sai da Lagoa de Freitas para a Baia de Guanabara e de lá para o Mundo. Por quase 15 anos fui atleta profissional de vela, e isso me permitiu estar no mar por muitas e muitas horas. Essa proximidade e intensa relação, mudou minha vida. Aprendi e sigo aprendendo à observar e “ler” os padrões da natureza, das estações, dos ventos e das marés. Foi por causa da vela e do mar que iniciei minha graduação em Engenharia Naval e Oceânica, mas no percurso mudei e me graduei em Engenharia Ambiental, isso por que enquanto estudava naval, eu seguia velejando e treinando muito para a classificação das Olimpíadas do RIO 2016, e nesse processo acompanhei a situação ambiental da Baia de Guanabara, que se deteriora a cada ano que passa. Não me classifiquei para a Olimpíadas, (e vi grandes amigas se tornarem campeãs), foi bastante duro para mim, mas decidi encarar meu desejo de colocar energia e atenção em outros assuntos que tanto me interessavam. Hoje, sou graduada em Engenharia Ambiental pela UFF, e lidero a ONG internacional Parley for the Oceans aqui no Brasil e sou muito grata pela “rota que naveguei” até aqui, sigo entusiasmada para descobrir o que as marés ainda vão me trazer. O que há com os oceanos? Por quê do seu trabalho? Os Oceanos estão passando por vários problemas: a sobre pesca, pesca fantasma, aquecimento global, acidificação dos oceanos, branqueamento dos corais, poluição por plástico. E sabendo ou não, todas essas questões estão diretamente ligada à nossa organização como sociedade. Acredito que esse seja o porque do meu trabalho: sensibilizar e educar as pessoas sobre a nossa conexão e dependência com os Oceanos. Qual é um hábito que você gostaria que as pessoas pegassem (ou abandonassem) para ajudar a reduzir o desperdício de plástico? Andar com sua própria garrafinha para refil de água, levassem seus talheres & marmita na mochila, eco-bags ou mochila para suas compras. As sacolas plásticas me deixam doida, assim como outros descartáveis. Uma coisa que as pessoas deveriam saber? De 50% à 85% do ar que respiramos é produzido nos Oceanos. Se os Oceanos morrerem, nós morremos. Você tem um herói do oceano? As baleias e os golfinhos! Hehehe brincadeirinha… Não acho que eu tenha um herói ou heroína, tenho muitas referências que me inspiraram e que me motivam, mas no final das contas, minha maior inspiração é o próprio oceano. Qual é o ambiente marinho mais incrível que você já visitou? Ilha de Galápagos que fica no Oceano Pacífico. Tive o privilégio de ir para lá depois de um campeonato sul-americano de vela que participei em Manta, Equador (diga-se de passagem, fomos campeãs). Galápagos foi com certeza o ambiente marinho mais incrível que já visitei. Atobás de pés azul, Fragatas, muitas tartarugas, tubarões martelos, leões marinhos, nossa, se eu começar a listar aqui, não vou acabar nunca. Algum projeto que você gostaria de compartilhar? SAILING FOR THE OCEANS - Esse projeto é para mim um sonho que se realizou. SFTO é uma experiência educacional que mistura: a vela, educação ambiental e os oceanos. Fizemos 2 expedições pela região da Costa Verde no Rio de Janeiro e temos mais expedições no calendário do ano que vem. E pra melhorar, estamos planejando uma grande expedição pela costa do Brasil, muito em breve abriremos nosso processo seletivo para tripulantes. Qual é a sua criatura marinha favorita? Ai… me pegou. Difícil escolher, mas as Baleias são as que mais me deixam perplexa e animada - quando às vejo. CONHEÇA MAIS: @ju_nas.mares @parley.tv #SaveOurOceans #FenzBrazil
- O DESPERTAR: CONTANDO HISTÓRIAS ATRAVÉS DAS MÍDIAS POR MEL KEPEN
O plástico é encontrado em toda parte e em tudo. Esta realidade afeta o planeta. Quanto mais aprendemos sobre essa realidade da poluição plástica, mais fortalecidos nos tornamos na batalha para mudá-la. " Afinal é mais fácil a gente querer proteger algo que a gente vê e ama, do que aquilo que é desconhecido." Quando começou a questionar o mundo e o grande problema da poluição por plástico? Tive a sorte de estar em volta do oceano praticamente a minha vida toda e isso sem dúvidas moldou a maneira em qual eu vejo e me relaciono com o meio ambiente. Desde cedo percebi que tudo está interligado e que a saúde do nosso planeta depende de um balanço delicado e harmonioso entre nossos ecossistemas. Sendo alguém que passa a maioria do tempo trabalhando e brincando nas praias e na natureza, minha consciência sobre o problema do plástico foi crescendo ao longo do tempo. Mas foi quando eu comecei a morar em um veleiro na Califórnia que realmente me dei conta do tamanho e da gravidade do problema. Morando literalmente no mar em uma marina, eu deparava com grandes quantidades de lixo flutuando debaixo do barco e me dava uma sensação desesperadora. Eu saia correndo com uma vara que havia uma rede e retirava o que conseguia da água. Em 2018, eu e meu parceiro partimos para uma viagem de 8 meses de veleiro e durante a nossa jornada ficamos chocados com a quantidade de lixo que encontramos em alto mar e em praias desertas. Vimos também muitas redes de pesca abandonadas, enroscadas nos corais e nos animais marinhos. O nível de devastação que vi foi assustador e me afetou profundamente. Desde então, ficou claro que queria dedicar meu tempo e meu trabalho na preservação dos oceanos. When did you begin to question the world’s enormous plastic pollution problem? I've been lucky to have always lived near the ocean throughout my life and without a doubt that has molded how I see the environment and relate to it. From a young age, I realized just how interconnected everything is and how the health of the planet is dependent on a fragile yet harmonious balance between its ecosystems. Being someone who spends most of her time working and playing near the beach and in nature, my consciousness around the issue of plastic grew over time. However, it wasn’t till I moved onto a sailboat in California that I truly came to understand the gravity of the problem. While living in the marina, I came across enormous quantities of plastic trash floating by and around the boat which left me with a feeling of despair. I would run to grab a net we had, and desperately try to scoop up what I could from the water. My awareness of the issue intensified in 2018 when my husband and I left on an 8-month sailing trip down the pacific coast of California and Mexico. During our journey, we were shocked by the amount of trash we came across out at sea and on desolate beaches. We also saw numerous ghost fishing nets drifting in the open sea catching numerous marine animals and others tangled up on rocky coral reefs. The level of devastation I saw was heartbreaking and affected me in a very profound way. Since then, it was clear that I wanted to dedicate my time and my work towards environmental preservation. Você espera realmente mudar a opinião das pessoas, não apenas entretê-las. Qual é a sua abordagem? Sempre gostei de observar o mundo pelas lentes de uma câmera e contar histórias através das mídias audiovisuais. Percebi desde cedo o poder que a fotografia e o cinema tem em comunicar idéias e transformar opiniões. Porém durante uma parte da minha carreira, fui aceitando projetos aqui e ali e me perdi ao longo do caminho. Os trabalhos com qual estava envolvida não estavam me preenchendo de uma certa forma. Eu não queria produzir algo somente para entreter, eu queria impactar. Ao longo dos anos, um desejo de usar meus conhecimentos para educar e trazer consciência sobre a conservação marinha e justiça ambiental foi crescendo dentro de mim. Com 40% da população global consumindo conteúdo online em diversas plataformas de mídias sociais e de streaming diariamente, nós ambientalistas temos uma ferramenta muito poderosa em nossas mãos. Acho que os meios de comunicação audiovisuais podem servir como uma ponte que interliga pessoas ao meio ambiente estabelecendo um sentimento de empatia mais profunda com os animais selvagens e ecossistemas precisando de proteção. No final das contas é muito mais fácil a gente querer proteger algo que a gente vê e ama, do que aquilo que é desconhecido. Agora vejo minha câmera como uma arma na luta da preservação do meio ambiente e espero não só educar e conscientizar as pessoas mais também inspirar uma nova geração de ambientalistas e “eco-warriors”. As a content creator, you hope to change people's opinions and not just entertain them. What is your approach? I've always liked observing the world through a camera lens and telling stories through various forms of visual media. From a young age, I realized the power that photography and film can have when it comes to communicating ideas and shaping opinions. However, during a period in my career, I was taking on numerous projects that pulled me in so many different directions, that I ended up feeling a little lost. Many of the jobs I was involved with simply weren’t fulfilling me in the way I had hoped. I slowly understood that I didn’t want to produce content that was merely entertaining, I wanted to make an impact. Over the years a desire to use my media skills to educate and bring about awareness about conservation and environmental justice began to grow inside me. With 40% of the global population consuming content online on various social media and streaming platforms, environmental advocates have a very powerful tool in their hands. I believe that media can serve as a bridge that connects people to the environment, establishing a greater sense of empathy for the wildlife and landscapes desperately in need of protection. At the end of the day, it is much easier for us to want to protect something that we can see and love, than that which is distant and unknown. Now I see my camera as a weapon, and with it, I hope to fight to change the way people interact with the natural world while also inspiring a new generation of environmentalists and 'eco-warriors'. Você é velejadora, como suas viagens podem apoiar o movimento ambiental? Acredito que existem muitas maneiras em qual não só eu, mas a comunidade do velejo como um todo pode apoiar o movimento ambiental. Para muitos de nós o mar não é só um lugar para brincar, é a nossa casa também. Durante minha última viagem pro México eu passei 8 meses dormindo e acordando no barco e tive muito tempo para observar e me conectar com o meio ambiente. Tudo fica mais devagar e você começa a se relacionar de nova forma com a natureza. Nos locomovemos principalmente ao vento, dependíamos do sol para recarregar nossas baterias, limitados a 70 galões de água fresca por semana, produzimos pouquíssimo lixo, e dependíamos da pesca muitas vezes pro jantar. Era uma vida muito simples, porém bastante sustentável e o nosso impacto no meio ambiente era mínimo. Precisamos usar o velejo não só como um meio de esporte e lazer mas como uma plataforma onde ideias, soluções e iniciativas voltada a sustentabilidade e a conservação podem transcender. Como exemplo, nós velejadores atravessamos mares que às vezes os cientistas, pesquisadores, biólogos marinhos, e ambientalistas não têm tempo ou recursos para acessar. Então podemos participar no movimento através de oportunidades como recolher amostras de água com micro-plásticos no meio do Oceano Pacífico ou registrar as temperaturas das águas ao longo dos trajetos e mandar para os laboratórios para serem analisados. Em minha próxima viagem quero apoiar o movimento ambiental através de projetos como esses e achar maneiras em que posso unir meus conhecimentos em velejo, cinema e sustentabilidade. Estou com ideias à borbulhar! As a sailor, how can your trips and the sailing community support the environmental movement? I believe there are many ways in which not just me, but the sailing community as a whole can take action to support the environmental movement. For a lot of us, the ocean is not just a place we go to play, it is also our home. During my last sailing trip to Mexico, I spent 8 months straight going to sleep and waking up on the boat which gave me a lot of time to observe and connect with the natural world. Time slows down and you begin to relate with nature differently and more deeply. We used the wind predominantly to get from one point to the other, depended on the sun to charge our batteries, we're limited to 45 gallons of water a week, produced very small amounts of trash, and depended many times on the 'catch of the day' for dinner. It was a very simple yet sustainable way of living and it felt fulfilling to know that our footprint on the environment was minimal. I believe we need to look at sailing as not just a form of sport and recreation, but a powerful platform where ideas, solutions, and initiatives around sustainability and conservation can transpire. As an example, many of us sailors cross oceans that aren’t as easily accessed by scientists, researchers, and marine biologists due to time or resource constraints. I would love to see more sailors participating in the movement as citizen scientists by gathering water samples for microplastic studies or registering water temperatures along a certain route. There is so much we can do as ocean ambassadors and it’s time for us to step up to the plate. On my next sailing trip, I hope to work with conservation initiatives like these as well as finding ways to combine my skills in sailing, media and sustainability. I've got a lot of ideas bubbling! Algum projeto que você gostaria de compartilhar? Estou completando um filme junto com a Ju Martins chamado “Children of the Sea”, que conta a história de uma ONG havaiana focada em ensinar as crianças sobre o mar e como protegê-lo. Queremos mostrar à importância da conscientização e no investimento na educação sobre o meio ambiente nas futuras gerações para se tornarem bons líderes de si. Em conjunção estou na fase de produção de um longa-metragem chamado “Amazonian Ecocide” que examina a atual situação sociopolítica e ambiental do Brasil em relação ao desmatamento da Floresta Amazônica. Os dois documentários serão lançados em 2021 e representam essa transição no meu trabalho. E por último, esse ano estou finalizando um curso de pós-graduação em Sustentabilidade na Universidade da Califórnia em Los Angeles. Do you have any projects you would like to share? I am just finishing a short documentary film together with Ju Martins called “Children of the Sea”, which tells the story of a Hawaiian non-profit that works to teach young kids about ocean safety, conservation, and stewardship. The film communicates the belief that if we can connect as many kids to the ocean not only will it save lives but it will also create a bond between the next generation and the ocean which in turn will ensure that the ocean will be taken care of. In conjunction, I am working on a feature documentary film called “Amazonian Ecocide” which examines the current socio-political and environmental situation in Brazil concerning the deforestation of the Amazon forest. Both documentaries will be released in 2021 and represent this shift towards conservation in my work. Lastly, I just finished a graduate program in Sustainability at UCLA Como você reduz o desperdício de plástico em sua vida cotidiana? Eu tento sempre seguir o ditado “Recusar, Reduzir, Reutilizar e Reciclar” no meu dia a dia. Acho que o mais importante é recusar o uso do plástico quando possível através do uso de garrafas, copos, talheres, canudos e bolsas reutilizáveis. Eu também procuro sempre comprar produtos frescos com eco-bags e comprar produtos secos como arroz e feijão em lojas a granel. No geral antes de comprar ou consumir algo eu me pergunto: Isso é essencial? Por quanto tempo isso vai durar antes de virar lixo? É reciclável? Existe uma maneira melhor de consumir isso? How do you reduce plastic in your everyday life? I always try to follow the saying “ Refuse, Reduce, Reuse, and Recycle” whenever I can in my daily routine. I think the most important step is to first refuse the use of single-use plastics by switching to reusable utensils, bottles, cups, straws and bags whenever possible. I also always try to buy as many dry items in bulk and use reusable produce bags when shopping at the farmer's markets. In general, I always try to ask myself: Is this essential? How long will this last before becoming trash? Is it recyclable? Is there a better way to consume or buy this? Se os oceanos pudessem falar, o que você acha que eles diriam sobre a poluição do plástico que enfrentam? Queridos seres humanos. Está na hora de vocês entenderem uma coisa. Eu sou O Oceano. Eu cubro 75% desse planeta e sou a fonte para que todos os organismos do planeta, incluindo vocês, possam viver. Eu providencio ⅓ da sua comida e mais da metade do oxigênio que vocês dependem para respirar. Enquanto vocês queimam combustíveis fósseis e desmatam as florestas sem parar, eu faço o meu melhor para absorver os gases do efeito estufa para manter a temperatura do planeta habitável. Mas estou ficando cansado de te dar tanto e não receber nada além do seu lixo em troca. Se vocês continuarem me poluindo dessa maneira com seu consumismo inconsciente, eu não terei mas nada para dar para vocês. Cada ano que passa estou sendo forçado a retaliar com tempestades e chuvas cada vez mais devastadoras. Mas eu não quero fazer isso, quero viver em harmonia com vocês. Então peço que mudem seus hábitos e pensem em mim toda vez que consumir algo de plástico. Sejam mais sustentáveis na maneira de produzir, usar e reciclar seus pertences. Sejam mais responsáveis como embaixadores desse planeta. Porque no final das contas, eu não preciso de vocês, vocês é que precisam de mim. If the Oceans could speak, what do you think they would say about the plastic pollution crisis they face? " Dear Human Beings. It’s time for you to understand something. I am the Ocean. I cover 75% of this planet and am the source of life for all living things, including you. I provide one-third of your food and half of the oxygen you breathe. While you continue to burn fossil fuels and cut down all the forests, I try my best to absorb the greenhouse gasses to keep the planet cool and habitable. But I am getting tired of giving you so much and not getting anything but your trash in return. If you continue to pollute me like this with your blind consumerism, I will soon no longer have anything left to give you. Every passing year, I am being forced to retaliate with more and more devastating storms and floods. But I don’t want to do this, I want to live in harmony with you. So I beg you to change your habits and think of me whenever you consume something made of plastics. Be more sustainable in the ways you produce, use and recycle your belongings. Become more responsible ambassadors of this planet we all call home. Because at the end of the day I don’t need you, but you need me. Qual sua criatura marinha favorita? Eu tenho uma apreciação por todos os animais marinhos e sou fascinada com o papel de cada um dentro dos ecossistemas, mas se eu tivesse que escolher eu diria a Baleia Jubarte. Em nossa jornada de velejo em 2018 migramos do sul ao México junto com eles e sentimos a proteção e a energia que carregam ao longo do caminho. Muitas vezes conseguimos até escutar o cantar através do casco do barco. Um dia enquanto eu passeava sozinha de stand-up, uma mãe com um filhote subiram à superfície à uns 3 metros de mim quase me jogando da prancha com suas exalações poderosos. Ficaram ali do meu lado por uns 15 minutos, enquanto eu apreciava cada segundo daquele momento único. Foi incrível essa troca tão especial e ter tido a chance de sentir a energia deles tão de perto. Sem dúvida são animais extremamente mágicos e precisam da nossa proteção. What is your favorite Marine Animal? I have an appreciation for every marine animal and am fascinated with the role each one plays within the larger ecosystem. However, if I were to pick my favorite it would be the Humpback Whale. On our sailing journey, we migrated south together with them and could feel their powerful energy along the way. A couple of times we even got to hear them singing through the hull of the boat which was pretty incredible. One day while I was stand-up paddling alone, a mama and a baby came up to the surface just a couple of feet away from me almost whipping me off my board with their powerful blows. They stayed there for about 15minutes and I just sat there in awe of their beauty, cherishing every second. It was amazing to have an exchange like that and feel their energy up close. To me, they are without a doubt the most majestic creatures and need to be protected at all costs. CONHEÇA MAIS: @mel.kepen #SaveOurOceans #FenzBrazil
- OS TUBARÕES & UM MERGULHO NO OCEANO POR MAYSA SANTORO
Uma entrevista com a Bióloga Maysa Santoro para nos inspirar a amar os oceanos e proteger o que amamos. Os tubarões são os predadores perfeitos. Eles passaram por mais de 400 milhões de anos de evolução e sobreviveram a quatro eventos de extinção em massa. A nossa força é importante na luta para proteger espécies e habitats marinhos ameaçados. Conte-nos sobre a primeira vez que você encontrou um tubarão debaixo d'água. O que você sentiu? A primeira vez que encontrei um tubarão embaixo d’água não senti medo como achei que sentiria, mas o contrário disso fiquei serena. Parecia que o relógio tinha parado naquele momento. Acredito que isso se deva a hidrodinâmica e comportamento do animal, que ao contrário do que pensamos, são calmos na maior parte do tempo e nadam de forma fluida e delicada. É gostoso observa-los, porque eles nos ensinam que não precisamos ter pressa para nada, apenas direção e precisão. O que você acha dos tubarões que nos fascinam? Os tubarões são predadores de sucesso! São ágeis na caça, precisos em seus movimentos e extremamente sensitivos! Possuem órgãos sensoriais especializados, como as ampolas de Lorenzini, eletrorreceptoras, capazes de detectar temperatura, salinidade e campos elétricos gerados por outros animais, ou seja, ajudam os tubarões a detectar vibrações ao seu redor. Sempre digo que não existem seres mais ou menos evoluídos, mas aqueles que estão bem adaptados ao meio em que vivem. Embaixo da água, nós seres humanos, não respiramos e nem nadamos bem, o que nos coloca em uma posição muito vulnerável diante desses animais topo de cadeia do ecossistema marinho. Isso fascina! Existem criaturas muito mais perigosas no planeta, por que as pessoas têm tanto medo? Não pode ser apenas um filme, pode? Tudo aquilo que não conhecemos bem, pode nos gerar medo, nojo e/ou repulsa. É por isso que de modo geral o grupo dos insetos, destacando as baratas e os besouros, recebe tanto o nosso preconceito. O mesmo acontece com as serpentes e com os tubarões. Quanto mais diferentes de nós, morfologicamente e fisiologicamente falando, mais precisamos estudar para compreender as razões de cada um ser da forma que é. Na natureza nada é a toa! Cada ser vivo desempenha um papel fundamental na teia da vida e ele só faz isso porque tem o corpo e o comportamento adaptado para o ambiente em que vive. Os filmes sensacionalistas se aproveitam da falta de conhecimento de grande parte da população para atrair as pessoas através do medo e da ignorância ao invés da admiração e amor genuíno pela outra espécie! O que nos mostram é inverossímil. Tanto as serpentes quanto os tubarões não perseguem seres humanos e nem se alimentam da nossa espécie como parte da sua dieta. Infelizmente acidentes acontecem, tanto por confrontarmos esses animais e eles precisarem se defender, como por confusão se nós mergulharmos em um dia de baixa visibilidade da água, por exemplo. Os acidentes podem ser evitados se entendermos o ambiente a ser explorado, o comportamento da espécie e se respeitarmos o seu espaço. E os tubarões-baleia, como é estar na presença deles? Mergulhar e encontrar um tubarão-baleia, Rhincodon typus, é simplesmente travar contato com a paz. Apesar de serem os maiores peixes do oceano, eles não caçam como um tubarão branco ou um tubarão tigre. Eles são filtradores, se alimentam de fitoplancton, que são seres vivos diminutos que vivem na coluna d’água. O seu tamanho impressiona e o seu padrão de cores é tão belo que nos emociona embaixo d’água! É gostosa a sensação de sermos tão pequenos diante de tanta beleza! Infelizmente essa é uma espécie ameaçada de extinção. Eles têm sofrido com as mudanças anormais na temperatura da água, lixo marinho e ainda acidentes com embarcações. Observar um animal em seu ambiente natural pode aumentar a nossa conexão com eles e consequentemente o nosso desejo pela sua preservação, afinal, só protegemos aquilo que conhecemos e admiramos. Mas é preciso fazer com responsabilidade, nunca perseguido ou tocando em um animal de vida livre! As pessoas geralmente são movidas para agir. Como você acha que as pessoas podem causar impacto? Nós podemos impactar de duas formas, tanto positivamente quanto negativamente. Uma forma poderosa de minimizar os impactos nocivos das nossas ações no meio ambiente é reconsiderando os nossos hábitos de consumo. Sabemos que deixar de comer carnes e derivados de animais, incluindo os tubarões, pode ser um ótimo começo. Deixar de comer cação, que é o nome comercial dado para a carne de tubarão, é uma ação importante para a conservação da espécie, já que muitas delas estão em algum grau de ameaça de extinção. Outra ação relevante é passar esse conhecimento adiante, buscar sensibilizar as pessoas ao nosso redor, sempre procurando aprender e estar disposto e disposta as mudanças positivas provindas desse novo jeito de viver e se posicionar no mundo. Sejamos seres conscientes e questionadores em constante aprendizado e mudança. Finalmente, se você fosse uma criatura do oceano, o que seria? Se eu pudesse ser um animal marinho, certamente seria uma raia. As raias fazem parte do mesmo grupo dos tubarões, Elasmobranchii. São tão belas, leves e fluidas que eu chego a me emocionar. Parece que voam embaixo d’água! Me espelho nelas para evoluir como mergulhadora, buscando ser cada vez mais delicada e parte daquele ambiente. CONHEÇA MAIS: @maysasantoro #SaveOurOceans #FenzBrazil

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