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A VIAGEM PELOS OCEANOS POR CLAUDINHA GONÇALVES

Atualizado: 18 de abr. de 2021


Imagine um mundo natural mais saudável, no qual a maior parte da poluição por plástico é coisa do passado. Use o poder de sua escolha, de sua voz e torne esse futuro uma realidade.



"Se queremos que nossos filhos vejam os oceanos como ainda somos capazes de vê-los, então temos que fazer algo. Do contrário, não vai existir."



Entre lugares incríveis, diferentes ondas e cultura diversas, ela cresceu, amadureceu e moldou parte de sua personalidade. O contato íntimo com outras razões e propósitos de vida, outras crenças e outras visões de mundo, lhe confirmou na prática alguns ensinamentos familiares: a simplicidade e respeito são a fórmula para ampliar as possibilidades e oportunidades pelos caminhos desconhecidos, extrair a pureza, a generosidade e o lado bom de qualquer pessoa.

De pé numa prancha de surfe pela primeira vez aos 4 anos, sua jornada pelo mundo e competições começou na adolescência, aos 14 anos. É também jornalista, modelo, apresentadora e um dos maiores destaques do surfe feminino no país. Após muitos anos em busca de resultados, Claudinha encontrou encontrou a plenitude em outra prática, o "freesurf", ingrediente chave no seu estilo de vida e pelas portas que viriam se abrir.

Conte- nos um pouco sobre a sua representatividade no surfe feminino, o compartilhar de histórias e sua missão no Projeto CooltureLife.

O surfe é a minha vida. Acredito que minha missão aqui está totalmente ligada aos oceanos, a compartilhar minhas experiências através desse imenso portal de energia que é o mar. Acredito muito no surfe como ferramenta de transformação de vidas e eu quero de alguma forma contribuir com amor e alegria na vida das pessoas. Através do meu projeto de surfe feminino o CooltureLife acredito que eu consigo realizar um pouco desse meu desejo, vontade de levar esse sentimento de pertencimento a natureza através dos ensinamentos que o surfe nos traz. Tudo está conectado e fica mais fácil de entender quando você se envolve em alguma causa por amor. E é isso que eu compartilho, amor pelo surfe e pela natureza no geral.



O esporte está fundamentalmente conectado com o ambiente natural. Quando você teve a consciência sobre os impactos ambientais e de saúde do plástico de uso único e tóxico em nossos oceanos?

O meu maior despertar aconteceu através de uma viagem que eu fiz pra Bali com a Corona e a Parley pelos oceanos. Obviamente que eu naturalmente já estava conectada com essas questões ambientais pela minha vivencia diária na praia, a gente consegue perceber o quanto o nosso impacto na natureza é agressivo. Lembro-me desde criança aos domingos no final do dia o quanto a praia ficava imunda e cheia de lixo. Isso sempre me chamou atenção. Após as chuvas fortes a quantidade de lixo no mar era algo muito perceptível também. Assim fui crescendo sempre observando essas questões, mas de fato não tinha muita noção de como colaborar mais, eu apenas catava lixo na praia. Essa viagem com a Corona e a Parley me deram mais ferramentas, me trouxeram maior responsabilidade sobre os meus atos e me deram sim mais esperança para uma mudança de comportamento da humanidade. Hoje tenho consciência dos impactos que eu causo no mundo e busco tudo que esta ao meu alcance pra diminuir essas pegadas. Hoje tenho uma filha e quero poder ser um bom exemplo pra ela e para o mundo. Quero cada vez mais diminuir meu impacto negativo e hoje consigo agir de acordo com esse ideal. Evito o plástico de uso único, faço a separação do lixo em minha casa, tenho composteira e escolho conscientemente tudo que eu utilizo na minha vida. Hoje sei o que é economia circular e consumo consciente.


Você está acha que a poluição por plástico está piorando? O que você está fazendo para combater isso?

É muito difícil falar de números, crescimento e estatísticas. O que eu de fato percebo é que as pessoas a minha volta estão tendo uma consciência maior sobre a gravidade desse assunto que antes não se falava tanto. Vejo também que a nova geração já entende a responsabilidade deles como indivíduos no combate contra a poluição plástica. Mas acredito que com a pandemia o consumo de plástico voltou a aumentar consideravelmente com pedidos de comida e supermercado em casa, a grande massa ainda consome plástico em maior escala e quando estamos diante de situações críticas tendemos a não nos preocupar tanto com outras questões tão importantes quanto, mas que no momento de desespero se torna algo secundário, o que é errado, mas acontece. Aqui em casa mesmo, nós aumentamos o consumo por delivery, eu seleciono muito o que entra na minha casa e busco sempre ter consciência e procurar por substitutos do plástico de uso único, mas percebi que estamos gerando mais lixo do que antes. Isso me deixa grilada, mas pelo menos tenho consciência e faço o meu melhor diante de cada situação que a vida me apresenta.


Como se envolveu pela primeira vez com o movimento em prol dos oceanos?

Me envolvi em movimentos em prol dos oceanos através da minha aproximação com a Corona e a Parley. Sempre que possível me faço presente nos eventos de limpeza de praia e outros encontros com esse tipo de ação e debates.


Por que você ama os oceanos?

Sinto os oceanos como minha casa, meu lar, meu refugio, meu santuário, meu cantinho de paz e conexão comigo mesma e com a natureza. Eu cresci no mar, na natureza e isso pra mim é muito mais próximo da minha essência do que qualquer outro ambiente. Eu amo, eu zelo e eu cuido.


Qual seu animal marinho favorito?

Meu animal marinho preferido é o golfinho.





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